Torcedores dão exemplo na final do Future Champions

  Por Gustavo Monteiro

A arquibancada do campo de futebol do Uni-BH se tornou um mar de gritos fervorosos na final do Future Champions. Cruzeiro e Atlético se enfrentaram na partida mais esperada do compeonato. Antes de o jogo começar, os batuques dos tambores atleticanos ecoavam a paixão alvinegra, enquanto os cruzeirenses cantavam seu hino. A torcida de ambos os times era composta por famílias e grupos de amigos, que compartilharam o mesmo amor pelo futebol.

“Eô, eô, o galo é o terror” movimentava a arquibancada atleticana. A torcida mais animada e empolgada desafiava os cruzeirenses, criando uma batalha de gritos e ofensas. A partida, porém, transcorreu tranquilamente, sem tumulto ou confusão. Vários policiais estavam no local, garantindo a segurança dos torcedores. Tal atitude já era esperada pelo tentente do batalhão de eventos Leonardo Uitrago. “Temos mais atenção porque são torcidas mais tradicionais, mas tenho certeza que tudo vai ocorrer na maior normalidade”, comenta.

Os cruzeirenses estavam mais amenos, mas não menos apaixonados. Várias crianças brincavam soltas em frente à arquibancada, enquanto seus pais e avós assistiam atentos a cada lance da partida. Torcedor do Cruzeiro, Bruno Santos tinha um caixão de papelão rosa nas mãos com o escudo do Atlético colado na cabeceira. Ele percebe que as famílias tiveram grande influência para a calmaria da torcida. “Bacana é isso, um jogo mais pacífico, como tem que ser sempre”, pontua.

A secretária atleticana Fernanda Panta enfatiza que a escolha do time de futebol é apenas uma opção. Para ela, o futebol é uma diversão: “O bom é todo mundo junto, todo mundo educado e super tranquilo”. Já o representante comercial e também torcedor do atlético, Vagner Righi, foi à partida com seu neto e relembra dos primerios jogos do Mineirão, quando as torcidas se interessavam somente pelo espetáculo em campo. “Hoje a gente vê essas rivalidades e mortes, é muito deprimente. Mas estou  aqui com meu neto para ver se a gente consegue criar uma geração mais calma”, finaliza.

 Foto Bruna Cris