América x DC United - dois tempos distintos

Por Rafael Mendes

A segunda partida do Future Champions terminou empatada. América do México e DC United dos Estados Unidos fizeram um jogo aberto e com muitas chances de gol, proporcionando um bom espetáculo para o público presente no Uni-BH. Foram dois tempos distintos: no primeiro, os mexicanos sobraram e colocaram seu ritmo de jogo. Já na segunda etapa, quem se destacou e conseguiu uma grande reação foi a equipe norte-americana. Placar de 2 a 2, justíssimo.

O jogo começou com o América pressionando bastante. A equipe mexicana chegava facilmente ao ataque, com tabelas rápidas e jogadas bem tramadas. O DC United era facilmente envolvido nas jogadas do time adversário, e encontrava grandes dificuldades na saída de bola. Antes de marcar o primeiro gol, o América atacava a todo momento, chegando a exigir uma sequência de defesas do goleiro Dockser. Até que, aos 20 minutos, o América conseguiu chegar ao primeiro gol. Bola cruzada na área, a zaga norte-americana rebateu mal. Sobra de bola para Sanchez, que chutou forte para marcar o primeiro gol do jogo.

Depois de fazer o gol, os mexicanos continuavam melhor na partida. Pressionavam a saída de bola do DC United, exigindo por muitas vezes que os zagueiros do time norte-americano dessem chutões na bola para frente,  fazendo com que a segunda bola ficasse novamente em posse do América. Mesmo com toda a pressão em busca do segundo gol por parte dos mexicanos, o placar do primeiro tempo permaneceu somente em 1 a 0.

No primeiro minuto da segunda parte, o América chegou ao segundo gol, marcado pelo avançado Quintana. Para muitos, o resultado jogo estava praticamente selado, pois a equipe do DC United apresentou um futebol muito pobre na primeira etapa. Com isso, os mexicanos passaram a administrar a vantagem, sem se preocupar muito em marcar mais gols. Tentavam cozinhar o jogo, com passes de lado, apenas com a intenção de manter a vantagem de dois gols até o fim da partida.

Mas o DC United começou a crescer . Os jogadores Amankwa, Foss, Russo e Condor passaram a ser as prinicipais armas da equipe. Principalmente o primeiro, por ser um jogador de grande porte físico e de velocidade. Ganhava quase todas as jogadas individuais, sempre usando o seu vigor físico. No meio, o DC United jogava com os quatro homens alinhados. Condor e Foss eram os que atuavam pelas extremas do campo. Russo era quem ditava o ritmo da partida com bons toques de bola, rodando a bola para os dois lados do relvado.

Aos 13 minutos, o atacante Amankwa fez boa jogada e bateu forte para o gol. Marchaval fez grande defesa, mandando a bola para a linha de fundo. Na cobrança de escanteio, Condor fez o cruzamento e o zagueiro Dainkeh subiu sozinho para cabecear, diminuindo para o DC United - 2 a 1.

Dois minutos depois, o DC United chegou ao empate. Condor novamente participou da jogada, dessa vez servindo ao meia Foss - que só teve o trabalho de bater cruzado na saída do goleiro - deixando tudo igual, 2 a 2.

Depois do empate, o jogo ficou embolado no meio-campo. O América teve uma chance isolada aos 23 minutos, depois de uma finalização de longa distância do jogador Vasquez. A bola chegou a raspar o travessão do goleiro Dockser. Do outro lado, o DC United respondeu com uma jogada individual de Foss. Ele limpou três adversários, mas foi desarmado no momento da finalização.

Final de jogo justo para as duas equipes. América tentou administrar, mas acabou sendo castigado no segundo tempo, que contou com um DC United aguerrido e esforçado em busca do empate. Acho que os mexicanos não acreditaram que o adversário seria capaz de reagir, até mesmo em função do péssimo primeiro tempo que os norte-americanos fizeram. Mas é por isso que o futebol é um esporte maravilhoso. É uma verdadeira caixinha de surpresas. DC United comeu a bola na segunda etapa e poderia ter saído vencedora, caso tivesse um pouco mais de tempo. Jogo muito bom no Uni-BH, valeu a pena conferir!