Torcida organizada nas arquibancadas do UniBH para assistir a partida contra o Universidad de Chile. Hino entoado desde o primeiro minuto de jogo e tambores no acompanhamento. Gritos de incentivo para um jogador do lado esquerdo do campo, que ensaiava dribles contra os adversários chilenos.
Lucas Kattah, o camisa 8 do time atleticano, demonstra entusiasmo com a participação da família e dos amigos. “Eles assistem quase todos os jogos, desde os meus oito anos, quando eu ainda jogava no futsal do Galo. Eu me sinto tranquilo por saber que estou recebendo este apoio das arquibancadas. É muito importante para mim”, conta o meia-esquerda de 16 anos.
A paixão começou nos primeiros anos de vida. De acordo com a mãe do jogador, Mary Kattah, as primeiras palavras de Lucas já indicavam o amor pelo clube. “Antes de dizer mamãe ou papai, ele já sabia falar Galo. Quando criança, as notas não iam lá tão bem. Combinamos que, se ele fosse bem na escola, poderia ir para o futebol. Pronto. Nunca mais tive problemas com as notas dele”, relembra, orgulhosa.
Na torcida, estava também o irmão e companheiro de bola de Lucas. Daniel Kattah é dois anos mais velho que o jogador e conta que, mesmo mais novo, o irmão sempre se destacou nos campeonatos que disputavam. “Quando éramos crianças, jogávamos sempre juntos. O Lucas era sempre artilheiro, de todos os jogos que participávamos. Tenho certeza que basta ele se dedicar para conseguir uma vaga no time profissional, porque talento ele tem”, avalia.
Lucas Kattah é titular do time de base do Clube Atlético Mineiro. Originalmente, joga como meia-esquerda. No entanto, durante as partidas do Future Champions, vem desepenhando funções de volante. "Faço sempre este triângulo de armação. O importante é ajudar a equipe, como hoje. Saímos vencedores do jogo, mais uma vez", comemora.
Foto: Fabíola Prado